Participação em Antologia

- Mil poemas para Gonçalves Dias - Univ. Federal do Maranhão - http://issuu.com/leovaz/docs/mil_poemas1a_-_parte_1

sábado, 26 de abril de 2014

ENCONTRANDO O SEU "PARAÍSO"

Percebo que agir de forma desagradável com os outros passou a ser uma ação natural, cuja alegação é o estresse. Pois, nossos comportamentos cada vez mais vão deixando o mundo estressante. O peso na “Alma” afeta profundamente as pessoas que o carrega.
Os antigos egípcios acreditavam que, durante a longa viagem que os mortos fariam até chegar ao seu destino, seriam obrigados a passar por um ritual denominado Pesagem da Alma. Nessa cerimônia, presidida pelo Deus Osíris, o morto faria sua defesa e, como todos, sempre afirmava inocência dos seus pecados. Logo após, era submetido a uma prova: seu coração, considerado a sede da consciência, era colocado sobre uma balança. Se pesasse mais que uma pena de avestruz, a condenação do morto poderia ser: diversos castigos ou, até, ser devorado por monstros. As Almas leves, com sua consciência em paz, tinham a chance de seguir seu caminho e, eventualmente, chegar ao paraíso.
Se pudesse ser realizada a pesagem da Alma hoje, o embarque para seguir viagem seria de poucas pessoas. Independente dos pecados individuais, vivenciamos uma rotina diária desgastante, mercado de trabalho competitivo, problemas financeiros, relações interpessoais conflituosas... que vão deixando o espírito e a alma cinzenta – pesada.
A possibilidade de escaparmos dos monstros, ainda que não assegure chegarmos ao paraíso, será desprender-se das tristezas, das angustias, das inseguranças, das dores que atingem nossas almas.
Logo, acredito que caberá a cada um de nós sermos capazes de transformar este mundo um lugar menos complicado, estressante, que seja possível haver um convívio mais cordial, menos impaciente e que possamos aprender a nos respeitar, nos amar, nos conhecer enfim, um “Paraíso” onde todos estejam em paz e, principalmente, em paz com nós mesmos.


                                                                                 
                                                                                    Alexander Man Fu.'.

Um comentário: