Participação em Antologia

- Mil poemas para Gonçalves Dias - Univ. Federal do Maranhão - http://issuu.com/leovaz/docs/mil_poemas1a_-_parte_1

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

ALMA BRANCA

Em minhas longas milhas navegadas, 
És o meu primeiro amor,
Amor único, intimo e solitário
Mas ao qual sirvo com todo louvor.

No corpo de ferro és imponente
Revestindo a alma de um branco reluzente
Desbravando rios, mares, oceanos,
E o espírito para o cumprimento elevado.

Aos poucos, ultrapasso a linha do horizonte
No porto, saudades deixo nos que estão ficando,
Para agora entrar no mundo escuro da solidão,
Que será transformado num só corpo, alma, coração.

Privilegiados pela mãe natureza,
Contemplamos a Amazônia Azul,
E ela também nos contempla,
Seja no Norte ou no Sul.



A cada nascente e poente, e brilho prateado do luar
Seja na brisa suave, ou com toda a força que há,
Nos mantemos sempre unidos, pois somos homens do mar.

Agora com o continente distante,
A vigilância é constante,
Pois protegido e patrulhado está todo o nosso mar
Por homens e mulheres que tem o prazer em navegar.

Porém para esses bravos guerreiros 
Esses obstáculos não seriam verdadeiros 
Se suas almas não fossem preparadas
Para tão pujantes empreitadas.

Agradeço a Deus todos os dias
Pela linda Carreira que escolhi
Poder desbravar novas fronteiras
E dizer com muito orgulho:
“Eu sou um Lobo do Mar, eu sou muito feliz!”
(Em comemoração ao dia do Marinheiro - 13/12/2015)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

FALSA ESPERANÇA

Eu encontrei enfim a luz
E sorriu-me o coração
Ao gosto que a ti seduz
Mas...

Descobri muito mais tarde
Que aquela luz brilho não tem
É fogo que queima e não arde


Então retomo o caminho
Volto andar sem direção
Procurando por um caminho
Para sair da solidão...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A CAMINHO DA IGUALDADE




Corpo marcado pelas chibatadas
Retrata um passado miserável
Impossível esquecer tanta amargura
Sentida na escuridão dos cativeiros


Alfabetizada pela dor
Educada para invisibilidade
Enfraquecida pela fome
Condenada a exclusão social
 

O holocausto, a humilhação
A condenação por não ter a “cor”
A servidão da escravidão
São as marcas do passado



Sobreviventes das senzalas
Dos navios negreiros
Encabeçam o coro dos descontentes
Clamam por justiça e dignidade


Sem a herança do passado
Adoece a liberdade
Anônimos Zumbis libertários
Rompem a marcha a passos largos
A caminho da igualdade...
 
 Alexander Man-Fu

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Em comemoração ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra – 20 de novembro – Símbolo de Resistência e Força - presto uma singela homenagem, ressaltando a imensurável importância não só do Negro, mas da Raça; cujo resgate da História ajuda na conscientização, construção da identidade e valorização dos laços culturais dos nossos ancestrais e, principalmente, o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial.
 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

DIA NACIONAL DA MULHER NEGRA

                       O hoje, 25 de Julho, comemora-se o Dia Nacional da Mulher Negra. 
           Aprovado pela Lei nº 12.987/2014, foi motivado sob alegação da necessidade do País ter um mito feminino na luta contra a escravidão, além das datas comemorativas já existentes: Abolição da Escravatura (13 de maio) e Zumbi dos Palmares (20 de novembro).  Teve como referência a  senhora Tereza de Benguela, líder quilombola da segunda metade do século XVIII, onde hoje é o Estado do Mato Grosso, que trabalhou e lutou pela liberdade, vida digna e justiça social. 
               Devemos ter um olhar de "avanço" na nossa História, pois nossos vizinhos latino-americanos e caribenhos já comemoram desde 1992. Independente dos dados estatísticos que revelam evidências que mulheres negras são na sua maioria pobres, desempregadas e domésticas, devemos sempre valorizar além da sua beleza, a capacidade de gerenciar, administrar... e, principalmente, o privilégio de ser única e capaz de gerar vida humana. 

                   Parabéns as Mulheres Negras e todas que embelezam e equilibram nosso País e nossas vidas, pois sem vocês, nós Homens, não somos ninguém!

Alexander Man Fu

terça-feira, 17 de junho de 2014

RAZÃO DA MINHA VIDA

Não se esconda atrás dos jardins
Ocultando seus amores.
Consigo ver, sentir,
tudo que sentes por mim.

Falta controle no meu coração
desejando querer pular, te abraçar
e arrancar um lindo sorriso
do seu olhar.


O cupido que passava pelo céu,
nos acertou,
nos brindou
com a supremacia do amor.

O lume das estrelas,
que te ilumina
confirma

você é a razão da minha vida.

Alexander Man Fu

sábado, 24 de maio de 2014

O PODER DA ESCOLHA


Ah, meu querido povo brasileiro
Por que manchas tua bandeira?!
Tu me dizes que não vê encantamento pela tua Pátria
Tua vida se resume a pó, pedra, miséria...
Onde encontrar a poesia do país?

Ousas maldizer a própria terra em que pisas, trabalhas, dorme...
Logo no lugar onde “todos” são iguais?!
Dizem que é utopia, mas eu te respondo: A culpa é tua!

É tua porque não sai das ruas
Mora em palafitas e buracos
“Manchando” a imagem da linda e democrática nação
Insiste em dividir o alimento com os ratos
Acusa o governo por viveres às margens da sociedade
Que sociedade?
Quem és tu para analisar o que é certo ou errado?
Tem o poder das urnas, mas não sabe utilizar!
Mas, as “bolsas” te sustentam...
Prefere seguir o caminho do analfabetismo...
Mesmo dispondo de “tantas” escolas para a sua educação...
Ganhaste o direito à vida
Mas prefere a morte...


Só hoje entendo o porquê.
Tuas lágrimas não comovem mais os meus olhos
Meu coração agora é feito de pedra.
Cansarás de esperar pelo País do futuro
Continuarei no poder sugando cada centavo teu
Na miséria irei te deixar.
E sorrirei para o mundo, culpando-te por todos esses desastres...

A mim, restará o fogo do inferno.

A ti, o reino dos céus...

Alexander Man Fu

segunda-feira, 5 de maio de 2014

SOZINHO NO NINHO


Tão pequena
Tão grande
Tão Silenciosa
Tão vazia 
A área branca
Sinônimo de Paz
A sua voz
Não ouço mais
Nela encontrei 
O meu ninho
Na sua casa
Que falta você faz


Alexander Man Fu

sexta-feira, 2 de maio de 2014

CAMINHO INEVITÁVEL...


Ela segue em passos lentos...
Iguais aos de um dócil velhinho
Que caminha devagarzinho.
Quando a sentimos
Não há novidades
Talvez sofrimentos.
Até Jesus crucificado
Pode conhecê-la.
Amor, Saudade, Morte...
Não sabemos qual será
Mas um dia iremos encontrar.
E com gratidão poderemos dizer:
Obrigado Dor pelos seus ensinamentos.
Foram valiosos para o nosso crescimento...

Alexander Man Fu

domingo, 27 de abril de 2014

SER, Mulher

É nos estertores da dor que nasce uma pequena flor.
A genitora que outrora expressava gemidos de dor, agora chora de alegria.
O mesmo choro confunde-se com a sua dor que agora toma os seus braços, ainda envolvida por sangue.
E para o mundo ela não resiste e diz: - É um pedacinho de mim, sou mãe, sou mulher, é a minha vida!
É uma linda menina que trouxe alegria e dará continuidade à espécie no ciclo da vida.
Amor, prazer, dor e depois a vida.
Como a vida é majestosa...
Mulher é SER, exuberante, transbordamento de vida e de amor.
Amar, sorrir, chorar...
De pequena flor, se transformou em uma linda mulher.
                                                    Alexander Man Fu.'.

sábado, 26 de abril de 2014

ENCONTRANDO O SEU "PARAÍSO"

Percebo que agir de forma desagradável com os outros passou a ser uma ação natural, cuja alegação é o estresse. Pois, nossos comportamentos cada vez mais vão deixando o mundo estressante. O peso na “Alma” afeta profundamente as pessoas que o carrega.
Os antigos egípcios acreditavam que, durante a longa viagem que os mortos fariam até chegar ao seu destino, seriam obrigados a passar por um ritual denominado Pesagem da Alma. Nessa cerimônia, presidida pelo Deus Osíris, o morto faria sua defesa e, como todos, sempre afirmava inocência dos seus pecados. Logo após, era submetido a uma prova: seu coração, considerado a sede da consciência, era colocado sobre uma balança. Se pesasse mais que uma pena de avestruz, a condenação do morto poderia ser: diversos castigos ou, até, ser devorado por monstros. As Almas leves, com sua consciência em paz, tinham a chance de seguir seu caminho e, eventualmente, chegar ao paraíso.
Se pudesse ser realizada a pesagem da Alma hoje, o embarque para seguir viagem seria de poucas pessoas. Independente dos pecados individuais, vivenciamos uma rotina diária desgastante, mercado de trabalho competitivo, problemas financeiros, relações interpessoais conflituosas... que vão deixando o espírito e a alma cinzenta – pesada.
A possibilidade de escaparmos dos monstros, ainda que não assegure chegarmos ao paraíso, será desprender-se das tristezas, das angustias, das inseguranças, das dores que atingem nossas almas.
Logo, acredito que caberá a cada um de nós sermos capazes de transformar este mundo um lugar menos complicado, estressante, que seja possível haver um convívio mais cordial, menos impaciente e que possamos aprender a nos respeitar, nos amar, nos conhecer enfim, um “Paraíso” onde todos estejam em paz e, principalmente, em paz com nós mesmos.


                                                                                 
                                                                                    Alexander Man Fu.'.